sexta-feira, 16 de setembro de 2011

JOÃO BATISTA, O BATIZADOR


     Dr. Venâncio escrevendo e representando a AELA/MS num evento cultural.


João Batista (o batizador) era filho de Zacarias e de Isabel. Ele era primo de Jesus e foi o seu precursor na pregação do Evangelho. A mãe de João Batista era irmã de Maria (mãe de Jesus). O pai de João era sacerdote da “Ordem de Abias”. Isabel era descendente da família de Arão. A palavra “João “ em hebraico significa “Jeová mostrou Favor”. Em aramaico tem o significado de: “Jeová foi Clemente”- (Lucas 1.5,6).
Zacarias (pai de João) passou a exercer o seu ministério sacerdotal no ano 3 AC. Nessa época, quem reinava na Judéia (sob o domínio romano) era Herodes, o Grande. Certa feita, ao preparar-se para oferecer incenso no Templo, Zacarais viu o anjo Gabriel e ficou muito assustado. Porém, o anjo lhe disse que nada temesse, pois ele estava ali para trazer uma mensagem da parte de Deus. E, informou que ele seria o pai dum varão a quem daria o nome de João. E, acrescentou que o nascimento de João Batista seria um verdadeiro milagre, vez que Isabel era estéril. Além disso, ambos eram de idade muito avançada (Lucas 1.7-11).
Ainda perturbado com a revelação angelical, Zacarias ouviu o anjo acrescentar que o menino João traria muita alegria a quem o conhecesse. Ele não beberia vinho e nem faria uso de nenhum tipo de bebida forte. Seria cheio do Espírio Santo e “prepararia o caminho para AQUELE que viria SALVAR A HUMANIDADE”. E, finalizou informando que Zacarias ficaria mudo até o dia do nascimento da criança, a fim de que não divulgasse a conversa que tivera com o anjo. E, assim aconteceu. Até o dia do nascimento de João, Zacarias somente se comunicava através de gestos e acenos. Ao engravidar, Isabel ocultou o fato por cinco meses, até que não mais podia disfarçar o volume do ventre. Fez isso para confirmar a gravidez, e constatar que ela não mais seria considerada “um opróbrio no meio de seu povo”, vez que entre os judeus a esterilidade era considerada uma maldição (Lucas 1.12-24).
Tempos depois, Isabel recebeu uma visita de sua prima Maria, que também estava grávida (de Jesus). Ao ouvir a voz de Maria, João Batista (ainda no ventre da mãe) pulou de alegria. Com esse ato do nascituro, Isabel reconheceu que aquele que sua prima Maria carregava no ventre seria o seu “Senhor” (Lucas 1.39-45). Feliz, exaltou sua prima Maria. Esta, emocionada, entoou um cântico de louvor a Deus (Lucas 1.46-56). Esse encontro das duas primas grávidas resultou ainda em outro cântico de louvor a Deus. Desta vez pelo sacerdote Zacarias, pai do João. O menino nasceu e cresceu sadio. Passava a maior parte de seu tempo no deserto, onde se alimentava de mel e de gafanhotos, e aprendia as Escrituras, até o dia em que se apresentou à nação de Israel, e iniciou o seu ministério de pregação (Lucas 1.67-80).
João Batista evangelizou toda a região próxima ao Rio Jordão, pregando o “Batismo do Arrependimento, para Perdão dos Pecados”. Ele usava principalmente o “Livro de Isaías”, no texto que diz: “Voz que clama no deserto! Preparai o Caminho do Senhor! E, endireitai as Suas Veredas”. Nessa época o imperador de Roma era Tibério César. Quem governava a Judéia era Pôncio Pilatos. Herodes Tetrarca era o governador da Galiléia. Seu irmão Felipe Tetrarca governava a Ituréia e a província de Traconites; enquanto Lisânias Tetrarca era governante de Abilene. Na mesma epoca, os judeus tinham dois sumo-sacerdotes: Anás e Caifás. Enquanto isso, João Batista pregava e batisava nas águas do Rio Jordão. E, anunciava “a vinda daquele que batizaria com o ESPÍRIO SANTO e com FOGO, a quem ele não era digno siquer de amarrar as sandálias nos pés”. E, ainda criticava publicamente ao governador Herodes Tetrarca e à sua concubina Herodias (esposa de Felipe Tetrarca), pelo fato de viverem em adultério. Na verdade, Herodias deixara seu marido Felipe, para viver com o irmão deste (Herodes Tetrarca). Por essa razão, João Batista vivia sob a ameaça de ser encarcerado, por causa de suas críticas públicas ao governante da Galilléia e à sua amante (Lucas 34.1-20; Mateus 3.1-12).
Ao completar 30 anos de idade, Jesus dirigiu-se à Galiléia, onde encontrou João Batista, que pregava às margens do rio Jordão. Jesus pediu para que ele o batizasse nas águas. João relutou, pois reconhecia que Jesus era o Filho de Deus, e ele (João) é quem deveria ser batizado pelo Mestre. Jesus informou que o Seu batismo era para exemplificação e marco do início do seu ministério. João obedeceu e batizou Jesus. Após o batismo, o Espírito Santo desceu sobre a cabeça de Jesus, em forma de pomba, e uma grande voz falou do alto dos Céus: “Este é Meu Filho amado, de quem me comprazo!”. A partir daí, Jesus foi para o deserto, onde ficou 40 dias jejuando e orando, se preparando para o seu ministério terreno (Mateus 3.13-17; Marcos 1.9-11; Lucas 3.21,22; João 1.32-34).
Não demorou muito e João Batista foi preso por ordem de Herodes Tetrarca. Depois de alguns meses na prisão, João foi decapitado, e sua cabeça foi entregue a Herodias numa bandeja de prata. Com issso, encerrou-se o ministério daquele que foi o precursor de Jesus, que preparou o caminho para a pregação do Divino Mestre (Mateus 14.1-12; Marcos 6.14-29; Lucas 3.19,20; 9.7-9).

Dr. Venâncio Josiel dos Santos - Presidente a AELA/MS

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